Lição 03 - Mas Deus...
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INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos que o apóstolo Paulo faz, com muita clareza, o contraste entre a velha e a nova sociedade, entre o velho e o novo homem. Diante da realidade sombria do mundo atual, Efésios 2.1-10 destaca-se com marcante relevância.
Paulo primeiramente sonda as profundezas do pessimismo acerca do homem, e depois sobe às alturas acerca de Deus. E esta combinação do pessimismo com o otimismo, do desespero com a fé, que se constitui no realismo revigorante da Bíblia.
O parágrafo todo vai nos levar a entender a nossa própria experiência de como andávamos sem Cristo (v.1-3), o que viemos a ser em Cristo (v.4-6) e qual o propósito de Deus em realizar tão extraordinária transformação (v.7-10).
I. A NOSSA CONDIÇÃO ANTES DA CONVERSÃO (Ef 2.1-3)
1 - Estávamos mortos (v.1-2)
“Delitos” – no grego paraptõma – “um passo falso; desvio do caminho certo”;
“Pecados” – hamartia – “erro do alvo; não atingir o padrão”.
O homem sem Cristo está morto (v1), alheio à vida de Deus (Ef 4.18), separado de Deus por causa do pecado (Is 59.2), sem entendimento de Deus (Ef 4.18; Cl 1.21) e sem percepção da Sua presença (At 28.26).
A diferença entre um cristão e um não cristão é como a diferença entre uma pessoa viva e um cadáver.
Uma pessoa sem Cristo pode ser considerada existente, mas não poder ser considerada viva.
Essa era a nossa condição quando Cristo nos encontrou e a condição de qualquer um que ainda não teve uma experiência pessoal com Jesus, ainda que aos nossos olhos ela pareça bem viva.
Tente reconhecer quais dessas celebridades atuais e do passado aceitaram ou não a Cristo:
Vamos considerar “Vivos” os que creem em Jesus,
Vamos considerar “Mortos” os que não creem em Jesus.
Quem você acha que crê ou não em Jesus?
1) Angelina Jolie e Brad Pitt - Atores = crêem ou não em Cristo?
2) Bill Gates – Mega empresário = crê ou não em Cristo?
3) Charlie Chaplin – Ator Humorista = crê ou não em Cristo?
4) Camila Pitanga – Atriz = crê ou não em Cristo?
5) Daniel Radcliffe - Ator = crê ou não em Cristo?
6) Richard Dawkins – Zoólogo afamado = crê ou não em Cristo?
Pessoas que declaram publicamente rejeitar a Jesus Cristo, parecem estar bem vivas. Uma delas tem o corpo vigoroso de atleta, outra, a mente lúcida de um intelectual, a terceira, uma personalidade brilhante de uma atriz de cinema.
Entretanto, na esfera da alma elas não tem vida. É que pessoas que foram criadas por Deus e para Deus agora vivem sem Deus.
De fato, essa era a condição até que Jesus nos encontrou e O aceitamos.
2. ESTÁVAMOS ESCRAVIZADOS (V. 2-3)
O homem sem Cristo não tem vida para Deus, mas a tem para seguir “o príncipe da potestade do ar” (v.2). É morto, mas anda, faz e pensa (v.3).
A) Fazia-nos seguir o curso deste mundo (v.2): Quando esquecemos a comunhão com Cristo, voltamos ao “curso deste mundo”.
B) Tornava-nos filhos da desobediência (v.2-3): A desobediência era a marca principal do nosso comportamento.
C) Fazia a nossa carne se inclinar para o pecado (v.3): Éramos controlados por impulsos irracionais e sem domínio próprio.
Paulo acrescenta que os desejos da carne também são os do pensamento, ou seja, desejos errados da mente como os pecados da soberba intelectual, a falsa ambição, a rejeição da verdade, pensamentos maliciosos e vingativos.
Temos que lembrar que, ainda como salvos, precisamos vigiar bem nossos pensamentos. A tentação sempre bate a porta, mas você sempre pode pedir para que Jesus possa atendê-la, assim, ela com certeza não estará mais lá.
3. ESTÁVAMOS CONDENADOS (V. 3)
“Éramos por natureza, filhos da ira, como também os demais.”
A ira de Deus é um elemento básico em Sua natureza, representa Sua hostilidade pessoal, reta e constante contra o mal e pecado. Sem ela, Deus não poderia ser totalmente justo e não é de forma alguma incompatível com Seu amor.
Paulo passa da ira à misericórdia de Deus (v.3-4) sem dificuldade.
Escravidão, condenação e morte, essa era a nossa condição.
Mas Deus...
II. MAS DEUS (Ef 2.4-7)
Mas Deus...
Duas palavras que mudaram toda nossa história!
Paulo nos mostra o contraste entre a condição atual dos crentes e a situação anterior. A expressão “mas” faz toda a diferença na condição que tínhamos:
Estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, mas Deus nos vivificou em Cristo;
Éramos escravos, mas Deus nos libertou;
Éramos filhos da ira, mas Deus usou de misericórdia para conosco.
1. O que Deus fez
A) “Deus nos deu vida juntamente com Cristo” (v.5);
B) “Deus nos ressuscitou juntamente com Cristo” (v.6);
C) “Deus nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo” (v.6)
“Os que compartilham da união com Cristo (aqueles que foram despertados da condição da morte) tem parte na ressurreição, ascensão e exaltação”.
2. Por que Deus o fez
A) “Deus, sendo rico em misericórdia” (v.4);
B) “Por causa do grande amor com que nos amou” (v.4);
C) “A suprema riqueza da sua graça” (v.7);
D) “Em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (v.7)
Essas quatro palavras: misericórdia, amor, graça e bondade são virtudes que levaram a Deus a nos salvar. Elas mostram a origem da nossa salvação.
A condição humana revelou que a compaixão divina foi a causa de Deus nos salvar. Por isso, “pela graça sois salvos” (Ef 2.8)
III. PARA QUE DEUS NOS SALVOU (Ef 2.7-10)
Porque Deus faz tudo isso pelos crentes?
Primeiramente, por causa do Seu grande amor (v.2), mas também por causa dos Seus propósitos eternos (v.7-10). Vejamos no texto três objetivos de Deus.
1 - Para manifestar a riqueza da Sua graça (v.7): Nós somos testemunhas vivas de Sua bondade, exibiremos às pessoas de fora, sem chamar a atenção para nós mesmos, Aquele a Quem devemos a nossa salvação.
2 - Para mostrar a origem da salvação (v.8-9): Ninguém pode realizar sua própria salvação, portanto, ninguém se glorie, pois se não fosse a misericórdia de Deus, ainda estaríamos debaixo da condenação.
3 – Para nos ensinar que fomos salvos para as boas obras (v.10): Ainda que não sejamos salvos pelas boas obras, temos que praticá-las. As boas obras foram preparadas por Deus para que andássemos nelas, agindo com amor e misericórdia, sendo imitações do que Cristo é.
CONCLUSÃO
Toda esta lição poderia se resumir nestas palavras: “Mas Deus... pela graça...” - fez o que fez. A história da nossa salvação é a história da iniciativa de Deus em procurar o homem. Exatamente como fez na queda. Após a desobediência do homem, o criador foi atrás dele.
Afinal, se deixasse para o homem, até hoje ele estaria dizendo ao Senhor Deus: “Ouvi a tua voz... tive medo, e me escondi” (n 3.10).